on-line e off-line

fonte blog  Jeovanir Mendonça ( teologia na Pratica)

Nessa atual era tecnológica vemos várias pessoas que se conhecem sem ao menos terem se visto pessoalmente. Era que é dominada pelas redes sociais como: ORKUT; MSN; FACEBOOCK; TWITTER; etc. Algumas pessoas tem se entregado a essas redes sociais que, lamentavelmente, tem substituído a leitura de um bom livro, ou um passeio em áreas de lazer de sua cidade ou bairro, ou um momento com a família, entre outras atividades que podem ser benéficas à nossa saúde física, mental e social. Um dia assisti em um programa de TV uma critica com uma pitadinha de humor, onde, dois adolescentes sentados no mesmo sofá, conversavam por algum bate-papo (provavelmente o MSN) entre si, não pronunciavam nenhuma palavra mesmo estando a poucos centímetros um do outro, apenas digitavam o que desejavam falar para o outro. Notei que o que acontecia lá, na ficção, não era algo utópico, era de fato algo real e atual.
Não vejo talvez “o demônio” nesses meios de convívio social e de comunicação, entretanto, consigo sentir receio ao ver o tempo que é gasto exageradamente diante dos mesmos. Alguns de nós, já passamos mais de duas horas diante da internet em algumas dessas redes sociais ou até mais, e, no mesmo dia, não passamos no mínimo uma hora diante da prazerosa leitura da Palavra de Deus, ou tão somente, não passamos uma hora ouvindo o desabafo de alguém ou dedicando o nosso tempo ao convívio com algum familiar, sejam essas pessoas de perto ou de longe.
O PERIGO PODE ESTAR DENTRO DE CAS OU NA LAN HOUSE
O preço da superexposiçãoA produtora cultural Liliane Ferrari, de 34 anos, é uma fanática confessa pelas redes sociais on-line. Seu perfil está em nada menos que 21 comunidades virtuais. Há dois anos, Liliane precisava contratar, em menos de uma semana, quarenta educadores para duas exposições no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Atrás de indicações, enviou um e-mail para os amigos. A mensagem se alastrou e sua vida passou a ser vasculhada em seu blog, no Facebook, no Orkut e no Twitter por candidatos às vagas. No Orkut, Liliane começou a receber 300 recados por hora. Descobriram até o número do seu celular. "A operadora de telefonia ligou perguntando o porquê de tantas ligações – tive de trocar o número", conta. O pior foi fazer as entrevistas: como sabiam tudo sobre ela, os candidatos se achavam íntimos. "Eles perguntavam da minha filha e do meu passeio de fim de semana na praia. Foi horrível", diz Liliane, que agora toma mais cuidado com suas informações na internet.” .

Diante desta história vemos os perigos que as crianças e adolescentes são expostos quando falamos da internet ilimitada – sem a supervisão dos pais – onde expõem alguns dados pessoais seus, o que poderia colocá-los em risco até mesmo de vida. Inúmeras coisas ruins podem acontecer, como por exemplo, algum sequestro.
MATERIAL ADICIONAL
As redes sociais na internet congregam 29 milhões de brasileiros por mês. Nada menos que oito em cada dez pessoas conectadas no Bra-sil têm o seu perfil estampado em algum site de relacionamentos. Elas usam essas redes para manter contato com os amigos, conhecer pessoas – e paquerar, é claro, ou bem mais do que isso. No mês passado, uma pesquisa do Ministério da Saúde revelou que 7,3% dos adultos com acesso à internet fizeram sexo com alguém que conheceram on-line. Os brasileiros já dominam o Orkut e, agora, avançam sobre o Twitter e o Facebook. A audiência do primeiro quintuplicou neste ano e a do segundo dobrou. Juntos, esses dois sites foram visitados por 6 milhões de usuários em maio, um quarto da audiência do Orkut. Para cada quatro minutos na rede, os brasileiros dedicam um a atualizar seu perfil e bisbilhotar o dos amigos, segundo dados do Ibope Nielsen Online. Em nenhum outro país existe um entusiasmo tão grande pelas amizades virtuais. Qual é o impacto de tais sites na maneira como as pessoas se relacionam? Eles, de fato, diminuem a solidão? Recentemente, sociólogos, psicólogos e antropólogos passaram a buscar uma resposta para essas perguntas. Eles concluíram que essa comunicação não consegue suprir as necessidades afetivas mais profundas dos indivíduos. A internet tornou-se um vasto ponto de encontro de contatos superficiais. É o oposto do que, segundo escreveu o filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.), de fato aproxima os amigos: "Eles precisam de tempo e de intimidade; como diz o ditado, não podem se conhecer sem que tenham comido juntos a quantidade necessária de sal".
Por definição, uma rede social on-line é uma página na rede em que se pode publicar um perfil público de si mesmo – com fotos e dados pessoais – e montar uma lista de amigos que também integram o mesmo site. Como em uma praça, um clube ou um bar, esse é o espaço no qual as pessoas trocam informações sobre as novidades cotidianas de sua vida, mostram as fotos dos filhos, comentam os vídeos caseiros uns dos outros, compartilham suas músicas preferidas e até descobrem novas oportunidades de trabalho. Tudo como as relações sociais devem ser, mas com uma grande diferença: a ausência quase total de contato pessoal.
Os sites de relacionamentos, como qualquer tecnologia, são neutros. São bons ou ruins dependendo do que se faz com eles. E nem todo mundo aprendeu a usá-los a seu próprio favor. Os sites podem ser úteis para manter amizades separadas pela distância ou pelo tempo e para unir pessoas com interesses comuns. Nas últimas semanas, por exemplo, o Twitter foi acionado pelos iranianos para denunciar, em mensagens curtas e tempo real, a violência contra os manifestantes que reclamavam de fraudes nas eleições presidenciais. Em excesso, porém, o uso dos sites de relacionamentos pode ter um efeito negativo: as pessoas se isolam e tornam-se dependentes de um mundo de faz de conta, em que só se sentem à vontade para interagir com os outros, protegidas pelo véu da impessoalidade.
Fonte: veja.abril.com.br

Comentários